Responsabilidade corporativa
Quando avalio as necessidades das corporações, vejo com clareza que simplesmente não podemos competir sem criar uma cultura de aprendizado contínuo, incluindo profissionais de conhecimento que estejam continuamente aprimorando habilidades e atualizando a tecnologia.
Meu palpite é que cerca de 20 por cento da força de trabalho atual esteja obsoleta. E daqui a dez anos, outros 20 por cento poderão estar obsoletos se não superarmos a norma cultural de que a educação chega ao fim quando a vida escolar termina. Precisamos de um profundo e contínuo compromisso com o desenvolvimento pessoal e profissional.
Horst Schulze, presidente da rede de hotéis Ritz-Carlton, defende o treinamento diário. Ele acredita que o treinamento uma vez por mês não é eficaz; as pessoas precisam aprender algo novo todos os dias. Em várias das propriedades da rede, os gerentes dos hotéis leem e discutem, todos os meses, a revista Executive Excellence.
Eles têm breves sessões de treinamento diário interativo que envolve toda a equipe. Todos os dias, os gerentes dos hotéis adaptam as mensagens que recebem da matriz da empresa às necessidades de seu time. Esse treinamento sistemático de todo o grupo de trabalho deve ser muito elogiado.
Imagino que Horst Schulze deva ouvir com frequência que esse treinamento é excessivamente dispendioso. Entretanto, tendo em vista a constante transformação do mundo em que vivemos, muito mais dispendioso, sem sombra de dúvida, seria não fazê-lo. Creio que qualquer análise custo-benefício mostraria um resultado favorável ao treinamento e instrução contínuos.
Mesmo assim, a maior parte dos executivos não está interessada no treinamento e desenvolvimento sistemáticos. Como consequência, seus funcionários, produtos e organizações correm o risco de se tornar obsoletos; eles também se mostram inseguros à medida que o ambiente competitivo torna a sua organização ultrapassada.
Hoje em dia, a segurança não reside mais no velho contrato psicológico do emprego vitalício. A segurança reside na habilidade de produzir continuamente o que o mercado deseja, e esses desejos mudam o tempo todo. A menos que as pessoas aprendam, mudem, cresçam e progridam para acomodar o mercado, não poderá haver segurança. Ela reside no poder de aprender continuamente.