Qual a importância dos ciclos de vida da organização?
Considere que há quatro “Triângulos das Bermudas”, que levam à decadência, ao desastre e à morte. O primeiro ocorre no plano da representação mental, quando uma boa ideia é simplesmente esmagada por energias negativas, inseguras e receios. O segundo surge no plano da produção, quando a boa ideia não é executada de forma adequada. É onde a maioria das organizações falha – mais de 90% nos primeiros dois anos. Há um hiato entre o colher e a boca, entre a grande ideia e sua implementação. O terceiro se verifica no plano gerencial. A produção foi institucionalizada de tal modo que é possível replicar ou duplicar a empresa, como, por exemplo, abrir outro bom restaurante, mas o empreendedor procura fazer tudo sozinho ou então se clonar. Nunca são estabelecidos sistemas formais para manter as coisas, especialmente o fluxo de caixa, sob controle. O quarto surge no plano da mudança, quando a organização precisa se reinventar para se adaptar a novas condições de mercado ou novas oportunidades, mas fica atolada em sua vida burocrática, suas regras e normas, de modo que não consegue atender as necessidades dos clientes alvo.
As boas equipes gerenciais deveriam contar com as pessoas que tenham qualidade que atendam às necessidades de todos os quatro planos. E mais importante ainda: a equipe deve ter um espírito de respeito mútuo, de modo que as forças de cada um sejam reconhecidas e utilizadas e suas fraquezas se tornem irrelevantes pelas forças dos demais. É preciso um empreendedor (a pessoa com ideias), um produtor, um gerente e um formador de equipes líder que contribuam para criar a norma de respeito mútuo e a equipe complementar com força para se reinventar e levar a organização a novos ciclos de vida.