O dilema do gerente: Abro mão do controle?
O fortalecimento sempre será uma banalidade de modelagem, descoberta de caminhos e alinhamento. Os Quatro Papéis do Líder dissolvem o dilema gerencial entre o controle e o medo de perdê-lo. Quando estabelecemos autenticamente as condições do fortalecimento, o controle não se perde: ele é simplesmente transformado em autocontrole.
O autocontrole não ocorre quando simplesmente abandonamos as pessoas em nome do “fortalecimento”; ele se manifesta quando há um objetivo comum em mente, com linhas mestras aceitas e estruturas e sistemas de apoio, e quando cada pessoa é uma pessoa integral num trabalho completo. Há treinamento e orientação para os que não têm a competência exigida para agir com maior liberdade. Um histórico de desempenho coerente vai gerando uma confiança e uma ampliação dos métodos cada vez maior. As pessoas se tornam responsáveis e são cobradas pelos resultados e têm a liberdade, dentro de parâmetros, para obter esses resultados de forma a aproveitar seus talentos singulares.
Chamo isto de autonomia dirigida. O papel do gerente, então, muda de controlador para habilitador – comissionando as pessoas, removendo obstáculos e tornando-se fonte de ajuda e apoio. É uma grande mudança.
Quando tratamos do líder compensador, que tem visão, disciplina, paixão e consciência, falamos de autofortalecimento. Agora, neste contexto mais amplo, estamos vendo como se cria uma filosofia de fortalecimento oficial, institucionalizada, formalizada. Idealmente o desejável é haver fortalecimento pessoal e organizacional, de modo que a pessoa não tenha que nadar contra a corrente, lutando contra forças organizacionais contrárias.